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CIÊNCIA EM BANDA DESENHADA E EM DESENHOS ANIMADOS (V)

Blaze e as Monster Machines

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Desde o dia 12 de setembro que dá no canal Panda a série “Blaze e as Monster Machines”.  À primeira vista parece apenas uma série animada com carros de corrida. No entanto, esta série pretende ensinar vários conceitos de física, matemática e engenharia.

Os problemas que aparecem ao Blaze e aos seus amigos vão sendo resolvidos com base em diversos conhecimentos:

  • O poder da alavanca;
  • Conceito de fricção;
  • Conceito de Força;
  • ….

A música é o veículo utilizado para explicar os principais conceitos..

Considero a série boa;  ajuda a apresentar alguns conceitos a um público muito novo. Não obstante, a série não é perfeita, como podemos constatar aqui.  Não podemos deixar de estranhar a capacidade do Blaze se transformar em qualquer coisa:desde um catamarã a uma asa delta. Pode mesmo transformar-se num secador de cabelo!E, com exceção de um dos carros, que é conduzido por um miúdo, todos os outros andam andam sozinhos!!

Vejam a série digam a vossa opinião!

Não odeiem os químicos – parte 3

aqui falei no artigo do Diário de Notícias.

O João Monteiro, fez mais, escreveu diretamente para o jornal e o jornal publicou a sua resposta. Podem ver aqui.

Algumas das partes do texto publicado que eu achei mais interessante:

“É Desejar um mundo sem químicos é ambicionar uma utopia de vácuo.”

e

“Concluindo: não são as substâncias que fazem mal, mas as doses em que essas substâncias interagem com o organismo.”

Não odeiem os químicos – parte 2

Depois de ler este artigo “Produtos que usamos nas nossas casas podem causar cancro” no DN, tive que trazer de novo esta imagem:

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Imagem retirada do facebook da Science Panorama.

O que traz o artigo que me provocou comichão?

Principalmente duas coisas:

“Há muito se sabe que os plásticos e produtos químicos em nada contribuem para uma vida saudável, mas agora há a certeza de que alguns são mesmo muito perigosos.”

TUDO É QUÍMICA – O nosso organismo é feito de químicos. Deixo-vos aqui uma imagem que mostra a constituição química de uma célula.

Imagem do Planeta Biologia
Imagem do Planeta Biologia

“O termo “produtos químicos” já soa a perigo, mas ninguém sabe bem onde eles estão e quais os mais prejudiciais. Por exemplo, o monóxido de di-hidrogénio é uma forma pouco comum de chamar água, sendo a substância que mata milhares de pessoas todos os anos, a maioria por a ter inalado acidentalmente. É usado como supressor ou retardador de chama e a sua ingestão pode provocar náuseas e vómitos, enquanto a exposição prolongada à sua forma sólida pode danificar, muitas vezes irreversivelmente, tecidos vivos.”

O que dizer desta frase?

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Os produtos químicos não são mais ou menos prejudiciais dependendo do nome, pode-se chamar água ao monóxido de di-hidrogénio, podes chamar vitamina C  ou 3-oxo-L-gulofuranolactona (5R)-5-[(1S)-1,2-diidroxietil]-3,4-diidroxifurano-2(5H)-ona que os feitos nos organismos vivos serão os mesmos.

O monóxido de di-hidrogénio é um retardador de chama? A sério que seria necessário escrever isso?

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Sobre as restantes coisas dessa frase, não digo mais nada. Gostaria de recordar que a queda de cocos também pode provocar a morte e ninguém se lembra de proibir a plantação de cocos.

A Química e os Químicos estão em todo o lado: na cozinha, dentro e fora de casa, no tratamento de doenças, no desporto. A química é o estudo dos materiais e da maneira eles reagem e/ou se transformam.

Quanto maior o conhecimento químico das coisas, maior poderemos saber de que modo os diversos produtos nos afetam, mas sempre e apenas recorrendo ao método científico.

Ainda sobre o cancro aconselho esta entrevista “Cancro, o imperador de todos os males”. Onde Sobrinho Simões e Maria de Sousa “dialogam sobre uma doença que é parte de nós, nos invade e muitas vezes nos mata.”

[adenda] Parece que o link foi removido e agora não se consegue ler o texto. Podem ler o texto aqui.

Poema do Homem Novo

Como o Astropt assinalou, no dia 20 de julho de 1969 o Homem chegou à Lua. Foi há 47 anos!
Queria deixar a minha homengem trazendo um poema de António Gedeão:

Poema do Homem Novo
Niels Armstrong pôs os pés na Lua
e a Humanidade saudou nele
o Homem Novo.
No calendário da História sublinhou-se
com espesso traço o memorável feito.

Tudo nele era novo.
Vestia quinze fatos sobrepostos.
Primeiro, sobre a pele, cobrindo-o de alto a baixo,
um colante poroso de rede tricotada
para ventilação e temperatura próprias.
Logo após, outros fatos, e outros e mais outros,
catorze, no total,
de película de nylon
e borracha sintética.
Envolvendo o conjunto, do tronco até aos pés,
na cabeça e nos braços,
confusíssima trama de canais
para circulação dos fluidos necessários,
da água e do oxigénio.

A cobrir tudo, enfim, como um balão ao vento,
um envólucro soprado de tela de alumínio.
Capacete de rosca, de especial fibra de vidro,
auscultadores e microfones,
e, nas mãos penduradas, tentáculos programados,
luvas com luz nos dedos.

Numa cama de rede, pendurada
da parede do módulo,
na majestade augusta do silêncio,
dormia o Homem Novo a caminho da Lua.
Cá de longe, na Terra, num borborinho ansioso,
bocas de espanto e olhos de humidade,
todos se interpelavam e falavam,
do Homem Novo,
do Homem Novo,
do Homem Novo.

Sobre a Lua, Armstrong pôs finalmente os pés.
Caminhava hesitante e cauteloso,
pé aqui,
pé ali,
as pernas afastadas,
os braços insuflados como balões pneumáticos,
o tronco debruçado sobre o solo.

Lá vai ele.
Lá vai o Homem Novo
medindo e calculando cada passo,
puxando pelo corpo como bloco emperrado.

Mais um passo.
Mais outro.
Num sobre-humano esforço
levanta a mão sapuda e qualquer coisa nela.
Com redobrado alento avança mais um passo,
e a Humanidade inteira,
com o coração pequeno e ressequido,
viu, com os olhos que a terra há-de comer,
o Homem Novo espetar, no chão poeirento da Lua, a bandeira da sua Pátria,
exactamente como faria o Homem Velho.

António Gedeão, in ‘Novos Poemas Póstumos’

Já que fui anunciado como uma contratação de verão…

…eis que é chegada a altura de entrar em campo!

Dou o pontapé de saída nesta minha participação no Scientificus em dia de Portugal -Hungria. É certo que o futebol não é propriamente uma ciência, mas como em tudo à nossa volta, há muita ciência no futebol… O que seriam das trivelas do Quaresma sem o efeito magnus? (quem não conhece o efeito pode espreitar este video que exemplifica-o com uma bola de Basquetebol ou ver o GIF em abaixo)

efeitomagnus

 

E os tomahawk’s do Ronaldo sem turbulência?

A matemática (e não a calculadora!), os regulamentos do Euro 2016 e os resultados que ocorreram nos outros grupos garantem que a seleção Portuguesa se apurará em caso de empate ou de vitória. Já em caso de derrota….

Mais logo, grande parte dos Portugueses voltará a estar  com os olhos vidrados nos ecrãs e os valores da tensão arterial tenderão a subir.

Por isso, se for hipertenso, agarre-se à bandeira ou ao cachecol mas não abuse de aperitivos com sal…

Montes de Sal nas Salinas na zona do Ludo, na Ria Formosa junto ao aeroporto de Faro
Montes de Sal nas Salinas na zona do Ludo, na Ria Formosa junto ao aeroporto de Faro